domingo, 5 de abril de 2009

Lábios

Puxando-lhe o pescoço, toquei seus lábios
nunca provei suspiros tão doces.
Segurando-lhe as coxas, encontrei seus lábios
os agudos penetraram-me a espinha.
Havia descoberto a vocação dos meus lábios
Porém quando deixastes meus lábios solitários
eles só haviam de machucar
Por isso você foi embora, levando os seus lábios.
Peguei uma faca e então arranquei os meus,
pois neles só ficaram o que de pior há em mim,
O adeus dos seus lábios.

7 comentários:

Lívia Lunardi disse...

Muito lindo e forte.
Belo blog! parabéns!

Queria agradecer pelo seu comentário no meu blog..
Adorei o que vc escreveu! muito obrigada viu??

beijoooss

Cássia disse...

interessante e...meio forte esse final,hein?

gostei da temática, poderia ter saido bastante cliché, já que gira em torno de beijos e tal, mas você conseguiu dar uma visão bem interessante. e claro, eu ñ esperava esse final.

Anônimo disse...

Muito belo, adorei a parte que vc diz que encontrou a vocação de seus lábios. Ah, muito bom, pena que seus lábios foram deixados e solitários ficaram.
Beijinhos de
Rozangela Melo
Visite nosso site, fazemos cinema amador.
www.cgfilmpictures.blogspot.com

Meire disse...

sou preguiçosa, leio só os textos curtos. ^^'

Gosto do que escreve.

Deftones disse...

Trágico, mas é isso, um fim compreensível diante da eterna sujeição a que nos acometem as mulheres, sejam santas ou putas...

Anônimo disse...

e aí,leon...
o outro blog era bom, esse aqui é muito melhor!
ótimo poema, bem intenso.
Os textos também são ótimos, adoro esse clima noir+decadência inerente ao ser humano!

Obrigada pelo coment no meu blog...segui seu conselho, e me retratei...

ah, só uma dúvida...que livro é este no eu perfil?

Anônimo disse...

obrigada pelas palavras,marcelo.
no último comment eu te chamei de leon...desculpa eu sou péssima com nomes...^^
enfim,você disse coisas bem interessantes sobre o meu texto.
realmemte, eu falo sobre muitas coisas...e talvez seja isso que me deixe meio desconfortável com as minhas palavras...
se eu deixo sair, é um fluxo difícil de parar...e aí entra o assunto que mais me preocupa: ser piegas demais...
Eu não consigo encarar muito bem o lado humano que tende a esse desespero...

Como você bem disse, eu posso usar esses sentimentos como uma prisão, ou como uma libertação.É exatamente o que eu tenho feito...Eu sinto demais...escrevo e guardo, porque acho que eu não temo as pessoas, mas temo os meu próprio olhar sobre mim.

Engraçado, porque quando vou escrever no blog, eu visualizo melhor o que estou dizendo,e consigo melhorar não só para os outros mas pra mim mesma...
e isso é muito bom.

Eu vou tentar tirar algumas boas notas desse meu instrumento ainda meio desafinado...quem sabe eu consiga tocar alguma coisa direito...

valeu!