domingo, 25 de maio de 2014

Segunda

Tens um daqueles dias de cão. Nada deu certo. Mesmo desanimado, arribando tarde no destino do fim dos dias, resolves ir dançar. Por alguma daquelas mágicas soluções do incompreensível, o espírito transtornado inspira o corpo e a dança é leve e prazerosa. Na saída exerces o papel de exemplar cavalheiro ao acompanhar algumas damas ao ponto. Desvias do caminho que a sela da rotina impõe. E assim, num bar chinfrim dessa rota antes desprezada, descobres músicos numa bossa magnífica. Abres a cerveja num brinde a maravilha dos desvios das rotas, dos dias e da vida.