Gostaria de dizer que me sinto incompleto,
Mas o sentir é efêmero e o que existe é constante.
Abro uma cerveja e amenizo a ansiedade
Tudo parece melhor até a garrafa vazia
E vem outra e mais outra...
O sentido se restabelece.
Por um tempo perdido nada me falta.
Logo chega a hora do declínio
A plenitude se esvai pelos poros, pelo mijo.
Vomito e durmo.
Outro dia se inicia com a mesma maldição
Pensar, trabalhar, sobreviver.
domingo, 25 de agosto de 2013
Uma nova escola (21/08/2013)
Fundamos uma escola chamada vida
e fizemos das ruas uma só sala.
Não existem paredes, campainhas, horas disto ou daquilo
Decidimos a hora que queremos, ouvimos nossa voz.
Ninguém matou aula,
Pois nela agora não se morre, se vive, se faz.
Tudo ao alcance de nosso afeto tornou-se matéria de compreensão
e a ação coletiva para mantermos vivo o que é humano a prova maior
de que não hã melhor aluno do que todos juntos.
e fizemos das ruas uma só sala.
Não existem paredes, campainhas, horas disto ou daquilo
Decidimos a hora que queremos, ouvimos nossa voz.
Ninguém matou aula,
Pois nela agora não se morre, se vive, se faz.
Tudo ao alcance de nosso afeto tornou-se matéria de compreensão
e a ação coletiva para mantermos vivo o que é humano a prova maior
de que não hã melhor aluno do que todos juntos.
segunda-feira, 15 de julho de 2013
O sopro da morte.
Me sentia preenchido com minha família, meus amigos e meus hábitos, mas não suportava estar sozinho.
Tudo parecia temerário, entediante, monótono e triste.
Certo dia experimentei largar a borda por alguns minutos e mergulhei no medo, no tédio, na monotonia e na tristeza. Um sentimento de perda me sobreveio e senti um vento gelado na espinha. Era o sopro da morte e era bom.
Esforcei-me por habitar este território incerto e livrei pensamentos e corpo de tudo a que me apegava e conhecia.
Aos poucos fui me familiarizando com essa fluidez. O vazio foi ganhando concretude e caminhei com segurança. Nesse nada encontrei meu desejo. Na ausência das representações conhecidas descobri um mundo de experiências aberto a minha volta.
Bastei-me.
Tudo parecia temerário, entediante, monótono e triste.
Certo dia experimentei largar a borda por alguns minutos e mergulhei no medo, no tédio, na monotonia e na tristeza. Um sentimento de perda me sobreveio e senti um vento gelado na espinha. Era o sopro da morte e era bom.
Esforcei-me por habitar este território incerto e livrei pensamentos e corpo de tudo a que me apegava e conhecia.
Aos poucos fui me familiarizando com essa fluidez. O vazio foi ganhando concretude e caminhei com segurança. Nesse nada encontrei meu desejo. Na ausência das representações conhecidas descobri um mundo de experiências aberto a minha volta.
Bastei-me.
29.06.2013
Quando comecei achava a vida sem sentido.
Fui a esquina e passei a achar tudo urgente, dramático, quase o fim do mundo.
Segui a rua e percebi que só se vive quando se aceita a morte como iminência.
Dois goles depois nada mais me pareceu imprescindível.
A noite náo acabou e a narrativa continua...
Fui a esquina e passei a achar tudo urgente, dramático, quase o fim do mundo.
Segui a rua e percebi que só se vive quando se aceita a morte como iminência.
Dois goles depois nada mais me pareceu imprescindível.
A noite náo acabou e a narrativa continua...
sábado, 9 de março de 2013
Versos Lapeanos
Pra quê ter pressa em ser feliz
Pra quê sofrer por antecipação
Os bares estão abertos de madrugada,
E eu na Lapa, não preciso de solução.
Vai chover daqui a pouco,
Me disse o garçom sobre a brisa pesada
Com o copo na mão de cerveja gelada
E o vento no rosto, não vou me preocupar
Nem pensar no que não fiz,
Nem lamentar se não acertei,
Ainda a água não caiu,
Nem o verso se acabou,
Há tempo pra tentar,
Mas a alvorada não raiou.
[...]
Pra quê sofrer por antecipação
Os bares estão abertos de madrugada,
E eu na Lapa, não preciso de solução.
Vai chover daqui a pouco,
Me disse o garçom sobre a brisa pesada
Com o copo na mão de cerveja gelada
E o vento no rosto, não vou me preocupar
Nem pensar no que não fiz,
Nem lamentar se não acertei,
Ainda a água não caiu,
Nem o verso se acabou,
Há tempo pra tentar,
Mas a alvorada não raiou.
[...]
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