Com sua distância,
se foi a fantasia,
Voltei a errância,
do sem-ti parecia.
Nem a lembrança,
de remédio, servia.
Sem evitar os perantes
que no mundo havia,
encontrei circunstâncias
e mais um todavia
pelo qual nova andança
rumei estrada perdida.
A chamei Desesperança
pois achei real magia
quando em mim assanha
quem no tempo habita.
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
quarta-feira, 3 de setembro de 2014
Alguns motivos para beber
[Segunda à noite, 01/09, após um dia de trabalho, sento num bar na esquina do beco dos barbeiros com a rua do Carmo. Peço uma Brahma e abro o caderno. Ainda não são 19 horas.]
Bebo a desgraça
Bebo a dificuldade com a solidão
Bebo as frustrações
Bebo o inconformismo com a crueldade das pessoas
Bebo a miséria da minha auto-confiança
Bebo as desilusões das ilusões criadas na noite anterior
Bebo a impaciência com a monotonia cotidiana.
Bebo a incapacidade de sentir
Bebo pra ter fantasias
Bebo para desfazer-me das fantasias
Bebo a culpa cristã dos meus erros
Bebo pra saber quem sou
Bebo pra esquecer quem sou
Bebo a ausência de sentido
Bebo para alguma coisa ter sentido
Bebo minhas covardias
Bebo pra ter coragem amanhã
Bebo o fim do dia
Bebo pra inaugurar novo dia
Bebo uma vida não vivida
Bebo pra fingir viver
Bebo pra não viver
Bebo minha perdição
Bebo pra não me perder
Bebo a desgraça
Bebo a dificuldade com a solidão
Bebo as frustrações
Bebo o inconformismo com a crueldade das pessoas
Bebo a miséria da minha auto-confiança
Bebo as desilusões das ilusões criadas na noite anterior
Bebo a impaciência com a monotonia cotidiana.
Bebo a incapacidade de sentir
Bebo pra ter fantasias
Bebo para desfazer-me das fantasias
Bebo a culpa cristã dos meus erros
Bebo pra saber quem sou
Bebo pra esquecer quem sou
Bebo a ausência de sentido
Bebo para alguma coisa ter sentido
Bebo minhas covardias
Bebo pra ter coragem amanhã
Bebo o fim do dia
Bebo pra inaugurar novo dia
Bebo uma vida não vivida
Bebo pra fingir viver
Bebo pra não viver
Bebo minha perdição
Bebo pra não me perder
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