Eu te gosto tanto, te tenho um respeito tão profundo que jamais direi uma palavra sobre ti.
Estarás em toda a criação, e só meu íntimo saberá.
Nas tuas palavras, encontro as minhas e as profundezas.
No labirinto de teus caminhos delirantes, descubro um mundo que crio e possuo.
Na minha miséria, descobri a grandeza de apenas ser.
Eu te tenho por me ter, e basta.
Bastar-se parece tão grande que dá medo de apenas bastar-se.
Não me mostre sua doçura, sua gentileza. Quererei saciar-me contigo e aprisioná-la até que meu desejo se consuma por inteiro.
Somos o que percebemos? Percebemos o que somos?
Precisava dar-me a insignificância necessária para poder ser, apenas.
domingo, 14 de dezembro de 2014
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