domingo, 23 de agosto de 2015

Gabriela

Aceitei a morte ao escolher amá-la. Não me importei com nada mais e abandonei toda a moral com que fui criado. Ao assumir o desejo, preferi não mais saber ou querer saber. Apenas queria, e bastava. Abracei e beijei a maldade com força e intensidade naquela mulher. Amei minhas trevas, e descobri que esta é a forma mais profunda de amor.

Pela primeira vez me entreguei e fui feliz. Relaxei como deve quem morre de verdade. Foi então que a vida começou.

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