domingo, 17 de janeiro de 2016

Fisiologia da vida vivida

Penso tanto com o estômago que não raro sofro de diarreias mentais.
Tenho maior fome nos olhos do que a boca comporta. É tanta que adquiriram dentes e hábitos canibalescos.
Bebo por secura de espírito e empapuçamento de mundo.
Gozei minhas melhores idéias de tal forma que "esta porra" sempre foi literal.
Respiro tanto desejo que o tédio me sufoca e transpiro por excessos.
Esta fisiologia estranha, de vida vivida, nunca foi ensinada em escola de medicina.
Meus médicos, com sabedoria de esquina, atendem com a contagiosa humanidade de quem adoece por identidade pra se curar com poesia.

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