quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Dias de Nada

O que eu escrevo não é a última bolacha do pacote. Expressão deliciosa: "a última bolacha do pacote". Até gosto deste fato, que permite fazer uso dessa coisa gostosa. "A última bolacha do pacote" é a "última bolacha do pacote".

Aqui no Rio faz um tempo gostoso, quase de outono. Esse tempinho meio chuvoso, esse ventinho meio frio, tudo tão mais ou menos. Para não fazer nada. Deus! Como amo! É o que estou fazendo agora. Ou você acha que escrever sobre o tempo é alguma coisa?

Também encontrei uma música para ocupar meus ouvidos. Lux Aeterna, interpretada pelo the Kronos Quartet. Não foi um encontro propriamente dito, mas um reencontro. Estava num desses dias de nada vendo a patinação artística dos Jogos de Inverno quando uma dupla canadense entrou com essa música. Me veio na hora, "Réquiem para um Sonho".  É magnífico: um sentimento de tensão que precede a morte, mesmo nunca tendo estado lá. Gravidade calma.

A última bolacha do pacote. Uns filminhos para os dias finais do Carnaval. "Gran Torino". Meus blocos. Saudades boas. Um ano excepcional pela frente. Não é hora para isso. Garganta meio irritada, um marasmo de corpo doente. Meu resfriado trouxe o frescor!

A última bolacha do pacote.

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