domingo, 21 de fevereiro de 2010

Escrevendo de madrugada para o sono vir

Sabe, gostaria de aprender a andar sujo. De saber carregar a dor, o incômodo, e fazer outras coisas, enquanto aquelas  não passam. Acho que me falta uma certa paciência, persistência. Tenho medo de me testar, de correr riscos. Dormir às cinco para acordar às seis. Viver a vida desrespeitando as normas do bem viver. Estudar de ressaca, dormir sem tomar banho.

Ainda sou muito fresco, não, medroso. Já fui mais em algumas coisas, creio que estou me transformando. Preservo meus prazeres mesquinhos. O pior é perceber um poder absurdo dentro de mim, que este instinto conservativo parece me impedir de liberar.

Um pouco mais de sujeira, de desprendimento, de resistência. Só isso que falta. Sei que não vou mudar do dia para noite. Passei da fase de acreditar em revoluções abruptas. Quero deixar de ter medo. Só eu sei do que estou falando.

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